Pois... Tem bem uns cinco anos que não me alimento de carnes vermelhas. Sem radicalismos, mas chegou um momento que escolhia não comer a "grande e necessária proteína", só de pensar em como me sentiria depois.
De barzinho que eu era nessa época, não entendi quando as cervejas começaram a me fazer mal. No dia seguinte o estômago estava completamente fragilizado, entende? Quando rolava tira-gosto era um desastre. Carne do sol, cebola frita, aipim... Ai! O corpo começou a dar uns berros.
E eu comecei a escutar.
Por outro lado, sempre gostei de dançar, e comecei a praticar algumas atividades físicas. O corpo respondia dizendo se esticar. Sensação ainda mais latente quando iniciei a corrida.
Algumas vezes lia, outras ouvia dizer, muitas vezes começava de repente e quando via já estava envolvida.
Esses conteúdos, momentos e atitudes me faziam pensar sobre o equilíbrio entre prazer e dever, propondo experiências inexplicáveis ao meu corpo e consciência. Quando dei por mim, dentre outras mudanças, já não me alimentava de animal algum.
Como na gestação, a mulher se perde com cada instante e quando se dá conta o menino já nasceu.
Bem assim...
Me peguei pensando sobre o tempo de vida dos vegetais e dos animais. A gente sabe quando a fruta está para cair da árvore, mas com os animais não tem como saber. Quanto mais viveria? Descobri que na terra onde estão os gados e onde se cultiva a vegetação para os alimentarem, poderia ser cultivado grão suficiente para alimentar a população mundial faminta, que não tem dinheiro para comer, tão pouco carne animal.
Choque foi concluir que homens morrem para que vivam gados, e gados morrem para que lentamente morram os homens.
As reflexões sobre a função de cada ser vivo, e a tranquilidade de participar do equilíbrio que envolve todas as criaturas e criações presentes no universo, foram constantes em diversos trechos deste caminho.
Agora eu sinto é prazer mastigando uma manga bem amarela, com aquele doce maduro dizendo que já foi azedo, escorrendo entre minha língua, meus dentes e lábios.
Agora meu desejo é a humildade do chuchu deixando o tempero dizer seu sabor. Se contenta em ser macio e suave, deixando qualquer saliva apaixonada.
Mamão, manga, banana, aveia, farofa de soja, berinjela napolitana, torta de cebola, feijão, tabule, estrogonofe de couve-flor, brócolis gratinada... Suco, muito suco... Chá... Ave Maria! Chá! Quente, gelado, com limão, canela... Milho, tomate, alface, manjericão...
E ainda tem gente que pergunta: "Você só come isso? E a carne?"
Eu vivo também outros prazeres como chocolate, cremes, bombons... Nessas horas meu corpo diz que sim. Minha consciência permite e recorda o equilíbrio.
Recorda que há o ontem e o amanhã. Lembrando que eles são o hoje de outro momento, e que sentir-me bem é uma prioridade em todos eles.
Eu Não Virei Vegetariana, Viu?
Só quero ser feliz aqui, onde não sou sozinha.
E Natureza Saudável Culinária Criativa é mais uma estrada que construí para viver nessa feliz cidade.
Adorei! Vai postar receitinhas, Natu? Quero ser colaboradora desse blog. Vamos papear!
ResponderExcluirSim, Nti Uirá linda!!! Receitinhas também!!! Colabora aê... Beijocas!!
ResponderExcluir